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Como as temporadas de calor afetam a saúde respiratória? Gerente médico do Aché explica
Com a chegada das temporadas de calor que devem ultrapassar os 36°C nos próximos dias, conforme indicações do Instituto Nacional de Meteorologia, a atenção e o cuidado com a saúde respiratória tornam-se ainda mais cruciais, especialmente para as pessoas que sofrem com a asma, cerca de 23,2% dos brasileiros, o que representa mais de 49 milhões de pessoas. Esta condição respiratória crônica afeta não apenas crianças, como se pensa, mas também uma significativa parcela da população idosa, representando 10%.
Os sintomas característicos da asma, como a falta de ar, chiado na respiração, sensação de aperto no peito e tosse, podem se agravar e se tornar mais frequentes durante as ondas de calor. Isso se deve às alterações do ambiente, que com ar quente e seco resulta em uma menor umidade e pode levar a uma maior irritação das vias respiratórias. Além disso, durante os dias ensolarados, há maior proliferação de fungos, um maior acúmulo de poeira e o uso frequente de ventiladores e ar condicionado que pode desencadear reações alérgicas.
Para os idosos, o diagnóstico e a prevenção se tornam ainda mais necessária, já que os sintomas podem ser confundidos com outras doenças mais prevalentes nessa faixa etária, como a insuficiência cardíaca e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), e podem causar complicações mais graves nos pacientes. Durante os períodos intensos de sol é necessário ter um cuidado extra com a saúde respiratória. O pneumologista e gerente médico do Aché Laboratórios, Rodrigo Scabello, ressalta que, apesar de não ter cura, a asma é tratável e requer cuidado ao longo de toda a vida, incluindo visitas regulares ao médico e o uso dos medicamentos para manter a condição sob controle. Ele também aconselha os pacientes a reconhecerem os gatilhos que podem desencadear crises de asma, para que possam tomar os devidos cuidados e aproveitar dos dias ensolarados com segurança.
Com as ondas de calor e o verão se aproximando, as medidas preventivas são essenciais para minimizar os riscos. A limpeza dos aparelhos de climatização para evitar o acúmulo de bactérias, poeiras e fungos, a manutenção de ambientes frescos e bem ventilados, assim como assegurar uma hidratação adequada, são práticas fundamentais para reduzir a irritação das vias respiratórias e prevenir crises durante as temporadas de calor.
Além disso, Rodrigo recomenda que os medicamentos de resgate de alívio, como a bombinha para a asma, estejam sempre por perto, seja na mochila ou bolsa, especialmente para os pacientes que planejam viajar de avião. A baixa umidade do ar na cabine, que oscila entre 10 a 20%, combinada à hiperventilação, pode causar desidratação se o passageiro não se hidratar de forma correta durante o voo. Uma garrafa de água e soro fisiológico podem fazer a diferença para umedecer as vias respiratórias, nesses casos. Por fim, para aqueles que praticam atividades físicas ou esportes, o ideal é que escolham horários e ambientes com menos exposição ao sol e pratiquem dentro do seu limite. O aumento da frequência respiratória durante o exercício pode desencadear falta de ar e uma nova crise asmática, portanto, a moderação é fundamental.
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