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ANVISA aprova tratamento para Hipertensão Arterial Pulmonar
A MSD anunciou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou nessa semana um novo medicamento para adultos com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP). O tratamento visa aumentar a capacidade de exercícios e locomoção dos pacientes, melhora na Classe Funcional (FC) da OMS para a HAP, e reduzir o risco de eventos de piora clínica. WINREVAIR (sotatercepte) já recebeu a Designação de Terapia Inovadora do FDA (Food and Drug Administration), órgão regulador dos EUA.
A droga é o primeiro inibidor de sinalização de activina aprovada pelo FDA para a HAP, representando uma nova classe de terapia que funciona melhorando o equilíbrio entre a sinalização pró e antiproliferativa para regular a proliferação de células vasculares subjacentes à Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP).
"A Hipertensão Arterial Pulmonar é uma doença debilitante e progressiva, com alto índice de mortalidade e morbidade, muitas vezes incapacitando o paciente de realizar tarefas cotidianas e simples, como subir uma escada", comenta a dra. Márcia Datz Abadi, diretora médica da MSD Brasil. "A aprovação de WINREVAIR (sotatercepte) no Brasil é um marco importante para a área de saúde do país, e reforça o nosso compromisso em desenvolver tratamentos inovadores que possam melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem com doenças raras", completa a médica.
A aprovação é baseada no estudo clínico de Fase 3 STELLAR, que comparou WINREVAIR (sotatercepte) (n=163) ao placebo (n=160), ambos em combinação com terapias de base em pacientes adultos com HAP (Grupo 1, Classe Funcional 2 e 3 da OMS). Os resultados mostraram que adicionar WINREVAIR (sotatercepte) à terapia de base aumentou em 41 metros na distância percorrida pelos pacientes ao realizar o Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6M), utilizado na avaliação de doenças pulmonares e cardiovasculares, além de ter melhorado significativamente múltiplos resultados secundários importantes, incluindo redução de risco de morte e de piora clínica da HAP em 84% quando comparado com a terapia de base isolada.
Em novembro último, a MSD anunciou globalmente os resultados positivos de um outro estudo clínico relacionado ao medicamento, o ZENITH (NCT04896008), que atingiu seu desfecho primário de tempo até o primeiro evento de morbidade ou mortalidade (morte por todas as causas, transplante pulmonar ou hospitalização relacionada à piora da HAP de ? 24 horas). Esse estudo foi projetado para avaliar se a adição de WINREVAIR (sotatercepte) ao tratamento base da HAP poderia reduzir o risco de morte, transplante pulmonar ou hospitalizações por HAP para pacientes vivendo com a doença em estágio avançado (Classe Funcional III e IV). Os resultados foram tão positivos, que esse se tornou o primeiro estudo relacionado à Hipertensão Arterial Pulmonar a ter uma conclusão antecipada do FDA.
O medicamento é administrado uma vez a cada três semanas por injeção subcutânea e pode ser administrado por pacientes e cuidadores, após treinamento e acompanhamento de um profissional de saúde.
Sobre o estudo STELLAR
O estudo STELLAR (NCT04576988) foi um estudo clínico global, duplo-cego, controlado por placebo, randomizado e multicêntrico e de grupos paralelos em qual 323 pacientes com HAP (Grupo 1, Classe Funcional 2 e 3 da OMS) foram randomizados 1:1 para Winrevair (sotatercepte) (dose alvo 0,7 mg/kg) (n=163) ou placebo (n=160) mais terapia de base, administrado por injeção subcutânea uma vez a cada 3 semanas.
As etiologias mais comuns de HAP foram HAP idiopática (59%), HAP hereditária (18%) e HAP associada a doenças do tecido conjuntivo (DTC) (15%). A maioria dos participantes estava recebendo três (61%) ou dois (35%) medicamentos de base para HAP, e 40% estavam recebendo infusões de prostaciclina. O tempo médio para o diagnóstico da HAP foi de 8.8 anos.
O desfecho primário de eficácia no estudo STELLAR foi a mudança de linha de base na Semana 24 do tratamento. Na realização do Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6M), o grupo que recebeu tratamento com Winrevair (sotatercepte) teve um aumento mediano de 41 metros, em comparação com o grupo que recebeu placebo (IC de 95%: 28, 54; p
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