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Mounjaro chega com promessa de resultados superiores ao Ozempic

A venda do Mounjaro no Brasil está programada para começar em poucos dias e, com isso, cresce a curiosidade: o que ele tem de diferente do Ozempic, medicamento que já é comercializado e amplamente utilizado no país?

A busca por alternativas eficazes no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2 aumentou consideravelmente nos últimos anos, o que impulsionou  a popularidade de medicamentos como Ozempic e, agora, Mounjaro. Ambos compartilham o objetivo de controlar os níveis de glicose no sangue e auxiliar na perda de peso, mas apresentam diferenças importantes em sua composição e forma de atuação no organismo.

Os dois medicamentos pertencem à classe dos agonistas do GLP-1, hormônio responsável por regular o apetite, retardar o esvaziamento gástrico e controlar os níveis de glicose. O Ozempic, que tem como princípio ativo a semaglutida, atua exclusivamente nos receptores de GLP-1. Esse mecanismo proporciona aumento da saciedade, redução do apetite e melhora do controle glicêmico.

Já o Mounjaro, à base de tirzepatida, é considerado mais avançado por atuar de forma dupla, tanto nos receptores de GLP-1 quanto nos de GIP, outro hormônio importante que estimula a liberação de insulina pelo pâncreas, ajudando a controlar os níveis de açúcar no sangue. Essa combinação amplia o efeito metabólico e permite uma resposta mais significativa no controle do peso corporal e da glicemia. 

Estudos clínicos demonstraram que a tirzepatida promoveu uma maior perda de peso e reduções mais acentuadas da hemoglobina glicada em comparação à semaglutida.

Para o Dr. Annibal Barros Junior, cardiologista e especialista em nutrologia com foco em emagrecimento, a escolha do medicamento não deve ser feita de forma aleatória ou apenas com base em promessas de emagrecimento rápido. “Tanto o Mounjaro quanto o Ozempic são ferramentas importantes no arsenal contra a obesidade e o diabetes tipo 2, mas é fundamental lembrar que nenhum medicamento faz milagre, o paciente precisa seguir um plano de vida saudável, acompanhado por especialistas”, orienta o médico.

Segundo Annibal, os dois medicamentos representam grandes avanços na medicina metabólica. “Tanto o Mounjaro quanto o Ozempic são ferramentas importantes no arsenal contra a obesidade e o diabetes tipo 2. Eles ajudam a regular a fome, a melhorar a sensibilidade à insulina e a controlar os níveis de glicose no sangue. Mas é fundamental lembrar que o tratamento deve sempre considerar o histórico e o perfil de cada paciente”, destaca o médico.

O especialista reforça que, apesar dos benefícios, a automedicação deve ser evitada. “Esses medicamentos foram desenvolvidos para tratar condições crônicas. O uso indiscriminado, sem avaliação médica, pode causar efeitos adversos sérios e mascarar problemas de saúde que exigem atenção”, alerta.

É importante lembrar que nenhuma medicação age exclusivamente sozinha e substitui hábitos saudáveis. “A base de qualquer tratamento eficaz continua sendo a alimentação equilibrada, a prática de exercícios e o sono de qualidade. A medicação pode ser uma aliada, mas nunca deve ser encarada como única solução”, pontua Dr. Annibal.

A chegada da tirzepatida ao Brasil representa mais uma opção terapêutica de alto impacto, especialmente para pacientes que enfrentam dificuldades com a perda de peso e o controle da glicemia, oferecendo novas perspectivas na abordagem de doenças crônicas que crescem em ritmo acelerado no país.

“Mounjaro e Ozempic, não existe uma única resposta sobre qual é o medicamento ideal. A decisão deve considerar fatores clínicos, histórico do paciente, acessibilidade e tolerância aos efeitos adversos. O mais importante é que o medicamento precisa ser prescrito com a supervisão de um médico para definir a abordagem mais segura e eficaz”, finaliza o especialista.

 












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