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Um a cada 10 medicamentos é fora do padrão ou falsificado

A falsificação de medicamentos vem crescendo globalmente, impactando milhões de pessoas e sistemas de saúde em todo o mundo, pois pode afetar todos os tipos de produtos médicos, inclusive aqueles considerados vitais, tais como vacinas, antibióticos e tratamentos oncológicos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).  Nos países de média e baixa renda, como o Brasil, a situação pode ser ainda mais desafiadora: para esses locais, a estimativa é de que um a cada 10 medicamentos seja falsificado ou fora do padrão.
 
Dados do Instituto de Segurança Farmacêutica (PSI) indicam que os crimes farmacêuticos aumentaram 4% em 2023, com cerca de 154 países afetados por esses delitos – que incluem a falsificação de produtos farmacêuticos. Os riscos se multiplicam a partir do comércio eletrônico, que facilita o acesso de potenciais criminosos às vítimas: estima-se que metade das transações de venda de medicamentos na internet esteja associada a produtos falsificados.
 
Embora muitos medicamentos falsificados possam aparentar autenticidade, a composição real de sua formulação é desconhecida, o que pode provocar reações adversas imprevisíveis. Além disso, a falta ou insuficiência do princípio ativo adequado expõe o paciente a avanços de sua doença, que deixa de ser tratada adequadamente.

 “Sob o ponto de vista coletivo, medicamentos falsificados também prejudicam a eficácia dos sistemas de saúde e deterioram a confiança dos pacientes nos serviços de assistência e saúde, nas agências governamentais e nos fabricantes idôneos de medicamentos. Também há o risco de perdas financeiras para os países”, comenta a executiva Caroline Gabriel, diretora de Investigações de Segurança (Divisão de conformidade corporativa, Qualidade e Risco) da Pfizer para a América do Sul.
 
Vice-presidente de Integridade Global do Produto para o Programa de Segurança do Paciente e Líder de Segurança para a Região das Américas da Pfizer, Ángel Melendez afirma que a Pfizer vem implementando diferentes ações para coibir a fabricação de medicamentos falsificados. “Na Pfizer, a saúde e a segurança do paciente são fundamentais. Por isso, reafirmamos nosso compromisso com elevados padrões de qualidade e segurança para nossos produtos, bem como reforçamos os esforços para melhorar a conscientização da sociedade sobre os riscos que os medicamentos falsificados representam”, afirma.

Trabalhamos em conjunto com todo o ecossistema de saúde para evitar que os medicamentos falsificados cheguem aos pacientes. Afinal, por trás de cada medicamento há uma história, uma pessoa, uma mãe, um pai, um profissional de saúde, um amigo ou uma criança que depende de nós”, complementa.
 
Em âmbito nacional, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) destaca que alterações bruscas em alguns aspectos das medicações podem ser indícios de falsificação, tais como: eficácia (é necessário redobrar a atenção se o medicamento deixou de fazer efeito repentinamente), aparência (diferenças significativas em relação ao aspecto esperado, como mudanças de cor e odor, ou sinais de degradação, também devem ser motivo de desconfiança ), além da faixa de preço (um valor muito diferente do habitual é considerado suspeito).

Para colaborar no consumo seguro de medicamentos, a Anvisa também recomenda que a população observe alguns detalhes na embalagem dos medicamentos, conforme as orientações abaixo:
 
Se consta a data de validade do medicamento
Se o nome do medicamento está bem impresso e pode ser lido facilmente
Se não há rasgos, rasuras ou alguma informação que tenha sido apagada ou raspada
Se não está amassada ou com o lacre rompido
Se o número do lote, na parte de fora, é igual ao da embalagem interna
Se a bula é original e não uma cópia

“Ao suspeitar de alterações, é importante que o paciente informe seu médico, registre os elementos que causaram a suspeita e comunique o fato à autoridade regulatória local”, recomenda Caroline. A executiva lembra ainda que, recentemente, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio do Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP) e em parceria com a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), também lançou uma cartilha com orientações à sociedade para intensificar o combate à falsificação de medicamentos no Brasil.
 
 












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